Orgone https://orgone.com.br Psicologia Clínica Fri, 02 Apr 2021 15:37:38 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.2.5 https://orgone.com.br/wp-content/uploads/2019/07/cropped-INICIO-1-32x32.jpg Orgone https://orgone.com.br 32 32 164235114 DIA MUNDIAL DE CONSCIENTIZAÇÃO DO AUTISMO https://orgone.com.br/dia-mundial-de-conscientizacao-do-autismo/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=dia-mundial-de-conscientizacao-do-autismo https://orgone.com.br/dia-mundial-de-conscientizacao-do-autismo/#respond Fri, 02 Apr 2021 15:37:36 +0000 http://orgone.com.br/?p=1652 Hoje é o dia mundial da conscientização do autismo. São muitas as publicações nas redes sociais trazendo informações, relatos e experiências. Tudo isso me traz uma grande satisfação. Estou envolvida nos estudos sobre autismo desde minha adolescência quando um filme me trouxe o interesse em estudar as características trazidas pelo personagem principal, eu tinha, na época, por volta de 15/16 anos e desde então me apaixonei pelo tema.

Comecei a trabalhar com autismo aos 19 anos numa escola especial em São Paulo ainda no 2º ano da faculdade de Psicologia e como já havia finalizado o magistério, o desafio era “alfabetizar” 4 crianças que tinham o diagnóstico. Na época, foram muitas tardes na biblioteca da USP, que era a única que possuía diversas publicações arquivadas e uma literatura mais vasta sobre o assunto, novidade no Brasil, na época. Confesso que matei algumas aulas da faculdade para passar essas horas de estudo. Quando finalizei o curso de psicologia, levei comigo para o consultório, uma criança de 5 anos, na época, que eu havia atendido sob supervisão da prof. Rahel Bóraks (uma referência na abordagem Kleiniana e no trabalho com autismo, nos anos 80/90 em São Paulo), essa profissional maravilhosa que continuou me inspirando, apoiando e supervisionando em diversos outros atendimentos em autismo, por mais 5 anos até que esta criança estivesse em escolarização, lendo, escrevendo e seguindo na escola regular, um grande feito, pois na época nem existia o termo inclusão. Na minha especialização em Neuropsicologia, o estudo de caso relatado em um trabalho para obtenção da nota de um dos módulos, com a saudosa dra.

Lúcia Helena Coutinho dos Santos, me possibilitou um convite para que eu conhecesse o trabalho do ambulatório que ela coordenava no Cenep (Centro de neuropediatria do HC em Curitiba), o qual trabalhei como voluntária por 6 anos, aprendendo sobre neurologia infantil com a maravilhosa equipe que compunha diversos ambulatórios na instituição. Embora trabalhando com paralisia cerebral, nestes anos, nunca abandonei a causa, participando de congressos, encontros, reuniões, pois a neuropsicologia me trouxe a possibilidade de ampliar muitos outros estudos sobre autismo e acometimentos do sistema nervoso central e periférico. Nunca deixei de trabalhar, estudar, pesquisar o autismo em todas as faixas etárias e acredito que assim continuarei pela vida profissional toda, bem como na neuropsicologia e neurociência, que hoje compõem meu foco entre TEA e o funcionamento cerebral. Percorri todo o caminho das descobertas, da visibilidade que tem hoje o autismo, agora sob a denominação de Transtorno de espectro autista (TEA) e é realmente muito gratificante ver que hoje as pessoas conhecem o que é o autismo, os diferentes olhares e suas diferentes faces em todos os ciclos de vida.

Que o dia 02 de abril traga à todos nós um momento de reflexão sobre o tema e sobre todos aqueles que em suas diferentes manifestações sejam respeitados, como pessoas, que a qualidade de vida seja o mote para o trabalho com eles (elas) desenvolvido, que as famílias busquem ajuda profissional competente para os acompanhamentos necessários na busca pela felicidade das pessoas que trazem consigo o TEA para que tenham vida, independência, autonomia e principalmente respeito.

Compartilho algumas fotos publicadas no curso que ministro todos os anos sobre TEA, bem como os posts de colegas que também estudam, trabalham e contribuem lindamente com a causa.

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O que é a infância nos tempos de COVID? https://orgone.com.br/o-que-e-a-infancia-nos-tempos-de-covid/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=o-que-e-a-infancia-nos-tempos-de-covid https://orgone.com.br/o-que-e-a-infancia-nos-tempos-de-covid/#respond Tue, 13 Oct 2020 16:57:54 +0000 http://orgone.com.br/?p=1587 Dia das crianças passado, agora vem aí o natal! Para muitos já se passou o aniversário também e tudo em distanciamento social, são novos tempos e adaptações são necessárias. Encontros por vídeo chamada, mensagens por whatsapp e redes sociais, presentes descontaminados pelos produtos determinados a este fim. E assim, seguem os dias, voltamos às aulas online ou à distância (EAD) pós feriadão, estamos na reta final do ano letivo com mais dois meses para “fechar” o ano e continuamos tentando encontrar recursos, tecnologias, alcance aos alunos, estejam eles em que ciclo de aprendizagem for, não há muito o que fazer mais, a motivação dá lugar ao cansaço e ao esgotamento de todos, professores, alunos, família, sociedade, mas importante se faz, olharmos com olhos de vitória, pois estamos aqui e as lacunas serão comuns e necessitarão de uma atenção especial à seguir.

Já há enfeites natalinos no comércio e por aí, Papai Noel, pelo jeito, será virtual, sem fotos e pedidos na modalidade presencial, pois não pode haver contato físico e a máscara com toda aquela barba seria realmente um desafio.

Bem, voltando ao tema central deste artigo afinal, o que tem sido a infância nos tempos de COVID? Novas brincadeiras, contato intensivo com os familiares, novas modalidades de aprendizagem, recursos criados pelo cérebro para se organizar, estratégias para aprender e manter o foco atencional num ambiente nada preparado para estudos (a casa, o quarto, na maioria das vezes, local designados e simbolizado por nossa mente para descanso e lazer), o barulho das conversas, o bichinho de estimação que pede atenção, o cheiro de comida em determinadas horas do dia, os objetos de lazer (brinquedos, videogame, TV, quintal, bola, bicicleta, entre outros) ali ao meu lado, no meu campo de visão.  Isso, pensando no lado bom, mas há que se dar atenção também às famílias que perderam entes queridos e conhecidos próximos pelo vírus, nestes casos, as crianças estão tendo que vivenciar a dor da ausência tão precocemente, o choro e o pesar daqueles que as rodeiam, que estão ali cumprindo um papel determinado já pela natureza de atuarem como um porto seguro, uma fortaleza, um continente, pessoas que estão ali para garantir que há segurança, que pode seguir e que se cair, haverá alguém para os levantar, no entanto, infelizmente não tem sido bem assim, as crianças estão aprendendo muito cedo que todos somos humanos, que não há super-heróis, que pais, mães, tios, primos, amigos se vão e deixam um buraco enorme no coração dos que ficam e que aqueles que enxugam as suas lágrimas quando elas caem, se machucam, se sentem tristes ou doentes, são os que hoje estão precisando de outros seres humanos que enxugue as lágrimas deles e mostrando toda uma fragilidade que a criança não está acostumada a ver. Crianças amadurecendo num momento de muita dor.

Não tem sido fácil, mas não podemos ignorar que apesar de muito sofrimento, estamos também aprendendo muito com tudo isso e certamente sairemos mais fortes. Agora, o que temos a fazer é aprender, adaptar e seguir, sem perder de vista a ideia de que tudo isso é provisório e vai passar! Esperança sempre. Força, foco e fé!

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SEXUALIDADE E ADOLESCÊNCIA https://orgone.com.br/sexualidade-e-adolescencia/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=sexualidade-e-adolescencia https://orgone.com.br/sexualidade-e-adolescencia/#respond Mon, 28 Sep 2020 16:24:18 +0000 http://orgone.com.br/?p=1580 SIGNIFICADO:  – Adolescer vem do latim e significa crescer, atingir a maturidade;

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define adolescência como sendo o período da vida que começa aos 10 anos e termina aos 19 anos completos. Para a OMS, a adolescência é dividida em duas fases: Pré-adolescência – dos 10 aos 14 anos, Adolescência – dos 15 aos 19 anos completos. Pela Organização das Nações Unidas (ONU) entre 15 e 24 anos, critério este usado principalmente para fins estatísticos e políticos. E para o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, Art. 2º- considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até 12 anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre 12 e 18 anos de idade.

A adolescência, pode ser compreendida, como uma situação de vida, a que todo ser humano está sujeito e que é responsável por desencadear toda essa transformação corporal, emocional, social e econômica. Dessa maneira, faz-se necessário considerar os múltiplos fatores que lhe cercam e dão direção, pois, de fato, este é um período no qual o indivíduo busca formar a sua própria identidade, podendo evidenciar mudança de atitudes e valores.

Observa-se também mudanças psicológicas que envolvem alteração de humor, desejo de viver intensamente, atração sexual, questionamentos sobre a vida, necessidade de aceitação, formação de grupos, afirmação da identidade pessoal e sexual e a iniciação na vida sexual.

A sexualidade é, também, uma forma de comunicação entre as pessoas, sendo influenciada pelas experiências vividas durante a infância e adolescência. Acima de tudo, o ser humano é social e o processo de relação realiza-se fortemente através da sexualidade.

Essa fase envolve dois processos distintos, porém superpostos e interligados: a puberdade e a adolescência. A puberdade é o período das mudanças físicas que resultam no amadurecimento sexual que possibilita a reprodução. A adolescência compreende todas as mudanças sociais e emocionais dessa faixa etária.

O sexo desempenha papel importante e básico em nossas vidas. Mas, para o ser humano, a atividade sexual não se restringe à reprodução. A sexualidade é fundamental para os indivíduos, porque estar bem consigo mesmo inclui estar bem com a própria sexualidade, sendo fator indispensável para a felicidade. Entretanto, ao mesmo tempo em que o adolescente sente fluir os impulsos sexuais, sente culpa e medo do que está sentindo. Além disso, vive angustiado por ter comportamentos e anseios diferentes daqueles que os pais recomendam em relação ao sexo.

A educação Sexual tem como objetivo despertar nos indivíduos adolescentes uma forma responsável de vivenciarem a sua sexualidade, baseada na busca do prazer pessoal e no respeito à liberdade, aos limites e à integralidade do outro. Perceber a necessidade sexual dos adolescentes não significa compactuar com a libertinagem, mas tornar possível um contato sadio e protegido entre eles.

O que se mostra ao adolescente é um contraste profundo. De um lado, a superexposição do corpo e da sexualidade humana. De outro, um moralismo cortante, que impede que o assunto seja discutido profundamente, formando consciências e opiniões. Adolescentes e jovens não são reconhecidos socialmente como pessoas sexuadas, livres e autônomas, isso os colocam em situações de vulnerabilidade, no plano pessoal, social e institucional, e a diversas interdições pessoais. Entretanto, uma pessoa pode tornar-se menos vulnerável se for capaz de reinterpretar criticamente mensagens sociais que a coloca em situações de desvantagem, mas a sua vulnerabilidade pode aumentar se a mesma não tem oportunidades de ressignificar as mensagens emitidas no seu entorno.

A CLÍNICA ORGONE-NEUROS abordará esse tema na Roda de Palestras sobre Sexualidade e Relacionamentos, nessa primeira palestra, que irá se realizar no dia 30/09/3020, das 20h às 22h, na plataforma ZOOM, iremos falar sobre SXUALIDADE e ADOLESCENTES, com os seguintes temas:

  • PUBERDADE e HORMÔNIOS;
  • EXISTE IDADE CERTA PARA A INICIAÇÃO SEXUAL?
  • RISCOS FÍSICOS E EMOCIONAIS COM A INICIAÇÃO SEXUAL PRECOCE;
  • MASTURBAÇÃO/SEXO ORAL/SEXO ANAL;
  • LIMITE E RESPEITO;
  • SABER DIZER NÃO.

Faça a sua inscrição no link:

REFERÊNCIAS:

ABRAMOVAY, M. JUVENTUDE E SEXUALIDADE/ Miriam Abramovay, Mary Garcia Castro e Lorena Bernadete da Silva. UNESCO Brasil, 2004.

BRASIL. Lei 8.069, de 13 de Julho de 1990. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. Brasília: Ministério da Justiça, 1990.

BRILHANTE, A. V. M.; CATRIB, A. M. F. Catrib. SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA. FEMINA. Outubro 2011. vol 39. nº 10. Disponível em: http://files.bvs.br/upload/S/0100-7254/2011/v39n10/a2966.pdf

CANO, M. A. T.; FERRIANI, M. das G. C.; GOMES, R. SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA: um estudo bibliográfico. Rev. Latino-Am. Enfermagem vol.8 no.2 Ribeirão Preto Apr. 2000. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0104-11692000000200004.

KONRATH, V. L. EDUCAÇÃO SEXUAL NAS ESCOLAS: Marcas e Concepções Culturais. UNIVATES. Mestrado Profissional em Ensino de Ciências Exatas. Disponível em: https://www.univates.br/bdu/bitstream/10737/298/1/VeraKonrath.pdf

MAROLAL, C. A. G.; SANCHES, C. S. M.; CARDOSO, L. M. FORMAÇÃO DE CONCEITOS EM SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA E SUAS INFLUÊNCIAS. Psicologia da Educação no.33. São Paulo dez. 2011. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-69752011000200006

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O suicídio pode ser prevenido? https://orgone.com.br/o-suicidio-pode-ser-prevenido/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=o-suicidio-pode-ser-prevenido https://orgone.com.br/o-suicidio-pode-ser-prevenido/#respond Mon, 28 Sep 2020 12:36:31 +0000 http://orgone.com.br/?p=1576 De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde, boa parte dos casos de suicídio (cerca de 90%) pode ser prevenida se existirem condições mínimas de ajuda, profissional ou voluntária (CVV, 2015).

O estudo e a discussão do/sobre suicídio são formas mais eficientes de se promover a prevenção, pois esta só é possível quando a sociedade, os profissionais da saúde, a imprensa e as autoridades têm informações suficientes para conduzir/definir as medidas/estratégias adequadas e ao seu alcance nessa frente, embora tanto a prevenção como o controle constituam tarefa muito difícil. 

O tratamento do suicídio, enquanto factível, envolve uma série completa de atividades, abrangendo desde a provisão das melhores condições possíveis para buscar um enfrentamento efetivo dos transtornos psicológicos e/ou mentais até um controle ambiental e/ou social dos fatores de risco.

Jamison (2011) relata que o suicídio como uma ação individual  surpreende por sua imprevisibilidade aliada ao impacto que provoca no entorno social do suicida. Para a autora, “embora muitos pacientes tenham planos bem formulados para o suicídio, a cronometragem definitiva e a decisão final para a ação costumam ser determinadas por impulso”, de modo que os fatores biológicos são particularmente importantes para a decisão sobre quando a pessoa decide que vai morrer.

as pesquisas da World Health Organization (WHO) informam que cerca de um milhão de pessoas comete suicídio anualmente em todo mundo. Embora não faça parte deste estudo, também informa que o número de tentativas de suicídio é quase 20 vezes maior. Já no Brasil, as taxas de suicídio são menos alarmantes, mas mesmo assim o país figura entre os dez países com os maiores números totais de suicídios. O suicídio, um fenômeno multidimensional, envolve elementos ambientais, biológicos, sociais, mentais e psicológicos, sendo que os dois últimos figuram entre os principais fatores de risco para o suicídio, exigindo atenção das pessoas e dos profissionais para lidar com isso. A TCC se apresenta como uma importante estratégia de intervenção nestes casos, em especial por pautar suas intervenções na reestruturação cognitiva e na resolução de problemas. Neste estudo, com o objetivo de avaliar a efetividade das técnicas da TCC no tratamento de uma paciente com ideação suicida, descreveram o suicídio como um fenômeno multidimensional envolvendo elementos ambientais, biológicos, sociais, mentais e psicológicos sendo que os dois últimos estão entre os principais fatores de risco, logo, exigem atenção e preparo dos profissionais de saúde mental para lidar com esse fenômeno e assentam que a terapia cognitivo-comportamental, ao pautar suas intervenções na reestruturação cognitiva e na resolução de problemas se apresenta como uma importante estratégia de intervenção nestes casos que se faz mais eficiente se associadas à religiosidade e/ou espiritualidade da paciente. Por ser um estudo de caso único, os autores recomendam novos estudos semelhantes para conclusões mais generalizadas.

Mesmo com os avanços científicos, as sociedades contemporâneas ainda tratam o problema do suicídio como algo vergonhoso, resultante de uma falência da responsabilidade pessoal, da coesão familiar ou do sistema social. 

Esta visão promove uma série de dificuldades na intervenção e na pesquisa desses casos, pois é essencial levar em conta que o suicídio é um problema complexo para o qual não existe uma única causa ou uma única razão, pois é um ato que resulta de uma complexa interação de fatores biológicos, genéticos, psicológicos, sociais, culturais e ambientais.

Mesmo sendo aceito como uma das principais causas de morte entre as pessoas, o suicídio é estarrecedor, incômodo. Para pensar em uma ação de enfrentamento do suicídio é preciso que se procure entender o que gera o comportamento suicida e como esse gesto extremo pode ser prevenido/tratado.

Para Beck (2010, p. 14), “pacientes suicidas frequentemente entravam em conflito sobre razões para viver e para morrer”, um conflito que resulta da batalha interna entre desejar morrer e desejar continuar vivo. Consequentemente, frente ao desespero insuportável que, a cada dia, é infligido pelo sofrimento físico ou emocional, a vida perde o sentido e a morte transforma-se no passaporte para um mundo totalmente diferente, no qual todas as necessidades sejam saciadas.

Na realidade, parece lugar comum na vida das pessoas experimentar, pelo menos uma vez, ainda que de maneira inócua, um momento de desespero total aliado à falta de esperança. Mas, paulatinamente, ideias e sentimentos se reorganizam, a confiança se restabelece, a busca de apoio e de saídas para o problema que gerou o desespero momentâneo restabelecem a confiança e a vida segue. No entanto, muitas pessoas não conseguem reencontrar a confiança e o suicídio parece-lhes o melhor caminho. E elas se matam.

Assim, parece que o suicídio é um ato que não tem explicações objetivas e como tal, continua sendo tratado como tabu, motivo de condenação, sinônimo de loucura. Mas as estatísticas, como já mostrado, dizem que o suicídio é um assunto que deve ser discutido, em alto e bom tom.

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Por que as pessoas pensam em suicídio? https://orgone.com.br/por-que-as-pessoas-pensam-em-suicidio/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=por-que-as-pessoas-pensam-em-suicidio https://orgone.com.br/por-que-as-pessoas-pensam-em-suicidio/#respond Mon, 21 Sep 2020 00:06:44 +0000 http://orgone.com.br/?p=1569 O suicídio é um gesto de autodestruição, um desejo de morrer ou de terminar com a própria vida, uma escolha ou ação de auto-agressão que cresce não somente por questões demográficas e populacionais, mas também por problemas mentais, psicológicos e/ou sociais que prejudicam o bem-estar de cada um e revertem em graves implicações sociais. 

Importante considerar que, para cada suicídio, de seis a dez outras pessoas são diretamente impactadas, sofrendo sérias consequências, difíceis de serem reparadas, bem por isso o suicídio é considerado um problema de saúde pública pelo Ministério da Saúde (CVV, 2015a).

As estatísticas mostram que a cada 40 segundos alguém se suicida em algum lugar no mundo. No Brasil, as taxas de suicídio estão abaixo da média mundial (entre 13/14 mortes por 100 mil pessoas enquanto a média brasileira é de 6/7 mortes por 100 mil habitantes), mas, mesmo assim, o suicídio tira a vida de uma pessoa por hora enquanto outras três tentam se matar, sem sucesso, nesse mesmo período de tempo (CVV, 2015; 2015a).

Assim, a condição preocupante reside no fato de, embora a média mundial permaneça estável, no Brasil este número tem crescido principalmente entre jovens. Ainda que esse problema afete pessoas de todas as idades, e de todas as classes sociais, constitui a sexta causa de morte em jovens entre 15 e 24 anos em várias cidades brasileiras e mesmo a constatação de que a taxa de suicídios, em números absolutos, seja maior no grupo dos idosos do que no grupo dos jovens, se aceita que entre os primeiros existe uma chance maior de morrer por causas naturais (CVV, 2015; 2015a).

A sociedade contemporânea convive com incontáveis situações de agressão, competição e insensibilidade, espaço que se transforma em um campo fértil para que incontáveis transtornos emocionais e/ou psicossociais se desenvolvam.

Além disso, pensar em suicídio faz parte da natureza humana, ou seja, o impulso suicida é uma reação natural, mas torna-se mais comum em pessoas emocionalmente exaustas e fragilizadas diante das situações que despertam essa possibilidade de resolução dos problemas pessoais, especialmente diante da necessidade de aliviar pressões externas/internas como cobranças sociais, culpa, remorso, depressão, ansiedade, medo, fracasso, humilhação, alcoolismo, consumo de drogas, por exemplo.

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A reinvenção da vida https://orgone.com.br/a-reinvencao-da-vida/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=a-reinvencao-da-vida https://orgone.com.br/a-reinvencao-da-vida/#respond Mon, 14 Sep 2020 13:42:59 +0000 http://orgone.com.br/?p=1565 “Todos nós envelhecemos e, concomitantemente a este processo, temos alterações cerebrais, bem como em todo o organismo. Há diferenças no desempenho de diversas tarefas, quando comparamos o idoso ao jovem, por exemplo. Não somente, devem-se controlar doenças, tais como diabetes e hipertensão, para manter a saúde do cérebro”, afirma Sonia Brucki, membro do Departamento Científico de Neurologia Cognitiva da Academia Brasileira de Neurologia (ABN).O mundo envelhece e isso não é mais novidade, agora temos que mudar paradigmas para lidar bem com essa realidade. Um deles é que o idoso, mesmo saudável, deve ficar em casa, no sofá, de pijama para não correr riscos na rua, porque não pode mais se cuidar, ou ainda devido ao fato deter trabalhado muito durante a vida, agora deve descansar, ser tratado como incapaz muitas vezes ou até mesmo ser infantilizado no tratamento das pessoas em geral com ele. Não há certo ou errado!A opção é de cada um e não há que se julgar essa condição, agora tomar essa decisão do que fazer da vida, cabe ao indivíduo e não à sociedade. Ele precisa saber que há outros propósitos que ele pode viver em sua vida e esses propósitos estão contidos neste processo que ganha força mundial atualmente: a reinvenção!

Mas,afinal o que é a reinvenção?

Reinventar é criar algo a partir do que já existe, transformar a si, a algo ou outrem, transformar o cotidiano.

Reinvenção em muitos aspectos, inclusive em relação à trabalho, se assim desejar o indivíduo. Hoje, a “expertise” daqueles que viveram anos á fio num mercado específico, ou ainda daqueles que viveram vitórias e derrotas, e neste momento de vida já não privilegiam as ações impulsivas e agem com mais cautela podem ser um grande diferencial no mundo dos negócios, como empreendedor, mentor, orientador.

A outra expressão importante é “empreender”, será que quando falamos de empreendedorismo estamos falando de trabalho, novos negócios, empreendimentos empresariais necessariamente?

O que à princípio ouvimos ao falar de reinvenção e empreendedorismo às pessoas da terceira idade, na maior parte das vezes são os comentários como: já não tenho mais idade; não quero ter com o que me incomodar; já trabalhei muito na vida; não conseguiria, pois não tenho mais condições de dar conta, entre outros muito mais no viés pessimista do que no otimista.

Mas, com a longevidade e a ciência aumentando a expectativa de vida cada vez mais, há que se pensar que agora é a hora de fazer coisas que nunca foram feitas, realizar sonhos que ficaram engavetados por anos devido à outros compromissos profissionais, familiares, pessoais, bem como utilizar a experiência de vida, de trabalho e a maturidade para viver bem, com prazer e ser feliz.

Empreender é muito mais do que ter uma boa ideia ou abrir seu próprio negócio.

Empreendedorismo é algo que pode ser desenvolvido em todos os âmbitos de nossas vidas e ao longo dela, e isso independe da idade cronológica. Adotar uma proposta de vida saudável, fazer uma atividade física, aprender a aprender sempre, adotar posturas mais flexíveis perante a vida, mudar coisas de lugar em sua casa (visto que nunca gostamos realmente de alguns objetos ali presentes, mas como era “tradicional” que fosse daquele modo, mantemos sem questionar se haveria um outro objeto, móvel, enfeite que pudesse fazer a diferença), ter flores perfumando o seu redor, música ambiente, comer o que realmente saboreamos e gostamos, e enfim, se for o seu desejo,, por que não abrir um negócio?

O que realmente importa é se colocar em movimento para ir encontrando as respostas ao longo do caminho, então, se passa pela sua cabeça que não precisa aprender mais nada ou acredita que seu tempo de aprender acabou e não há mais nada e nem como aprender novos conceitos inclusive em relação à si mesmo e à vida, é hora de rever suas ideias e conceitos, libertar-se das crenças limitantes, dos padrões mentais impostos por si mesmo, pela cultura e sociedade por tantas gerações, valorizar seus talentos, portanto é hora de REINVENTAR-SE!

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Que habilidades serão necessárias no mundo PÓS COVID? https://orgone.com.br/que-habilidades-serao-necessarias-no-mundo-pos-covid/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=que-habilidades-serao-necessarias-no-mundo-pos-covid https://orgone.com.br/que-habilidades-serao-necessarias-no-mundo-pos-covid/#respond Sat, 05 Sep 2020 02:31:23 +0000 http://orgone.com.br/?p=1559 Caminhamos em direção a mudança, mesmo que a gente não queira.

A pandemia fez com que tivéssemos que nos reinventar sem mapas, apenas com rotas de fuga.

As empresas, que tem disponibilidade, encaminham seus colaboradores para o tele trabalho ou home office. O que para alguns é visto como facilidade, para outros, estresse. E mesmo assim, caminhamos com a incerteza de como será o amanhã. Esse momento de isolamento e distanciamento social,faz com que tenhamos que nos adaptar ou nos reinventarmos, como se fosse inato, mas é ! A grande questão é se estamos abertos a mudança ou não, e que sofrimentos emocionais, físicos e necessidades básicas estão envolvidos.

O tempo de isolamento em maio era de 60 dias, hoje, já passamos a marca dos 5 meses,  e o que posso dizer é que estamos mais adaptados a esta realidade, mesmo que a vida real esteja distante. Esta é a vida real, em novo formato.

E a vida, o tempo, não param como diria Cazuza..O processo de mudança não pára e não estava parado no mundo do trabalho. Ele acontecia de forma lenta e gradual, mas com a  pandemia, houve uma catalisação,  já haviam muitos  estudos a respeito, o que mudou Fo o tempo a programação, a princípio mudanças mais efetivas aconteceriam em 2030, 2050 mas, acabou chegando antes e sem data para ir embora, sendo chamado de o novo normal. O novo normal, tem haver com implantarmos comportamentos e hábitos diferentes do que estávamos acostumados, ou seja nos adaptarmos.

Acordar, tomar seu café e ir ao trabalho, mudou. Agora, acorda, toma café e vai para o seu escritório virtual o tão conhecido Home Office. Isso exige disciplina, planejamento, habilidade de comunicação, gestão de tempo e  inteligência emocional para lidarmos com esse mundo novo e claro enfrentar as plataformas de tecnologia que tem sido nossas aliadas, mas que ao mesmo tempo são um grande desafio e  exigem esforço e aprendizagem.

Empresas, como a Google, durante a pandemia começaram a perguntar aos seus colaboradores suas preferências quanto ao trabalho, se de forma  remota ou presencial, dando o poder de escolha desse novo formato, que para grandes grupos já eram normais.

Estamos vivendo um período de muitas mudanças que se tornaram normais, naturais como: o álcool gel, a máscara, o distanciamento, essas coisas. Decisões que precisávamos tomar e que não sustentaram o adiamento, porque o problema está aqui e precisamos lidar com ele.

Pensando nisso, pesquisei possibilidades a respeito de como será essa nova  realidade, no que diz respeito às habilidades, mas já vivemos o processo de mudança, estamos no caminho. A primeira delas e fundamental  são as habilidades digitais, que terá um aumento de 73 % em decorrência dos avanços tecnológicos. Saber lidar com a tecnologia como: pesquisar, saber a veracidade da informação e utilizar apps, são consideradas habilidades básicas, para os nativos digitais isso é fácil, mas para a maioria das pessoas que nasceram antes de 2000, exige esforço para essa aprendizagem. Pense no número de professores que precisaram se reinventar com relação a isso. E nas entrevistas online, dinâmicas de grupo com ferramentas tecnológicas? Fazer um vídeo para se apresentar e apresentar o seu trabalho? Elas já estão acontecendo, sem sair de casa.

Você está se adaptando a realidade? Essa habilidade tem haver com lidar com o novo e de uma forma ágil e resiliente.

 E também com Reaprender a aprender, a neuroplasticidade cerebral faz com que se desenvolva essa habilidade, quando se treina algo novo está se trabalhando a elasticidade mental.

E a resolução de problemas como ficarão? De acordo, com a McKinsey, uma grande empresa de consultoria de carreiras, as tarefas básicas sofrerão uma redução de 14% em tarefas físicas ou atividades cognitivas básicas. Sendo assim, a tomada de decisão e o conhecimento das tecnologias como BIGDATA ( que é a área do conhecimento que estuda como tratar, analisar e obter  informações a partir de conjuntos de dados grandes demais para serem analisados por sistemas tradicionais) e fazer  questionamentos  a respeito para a tomada de grandes decisões, serão habilidades muito importantes.

Imagino que pode te gerar um pouco de angustia, ler essas informações, mas calma!

Cheguei na informação mais importante! Não vamos deixar de sermos úteis, algumas profissões irão sumir, é verdade; mas as habilidades humanas sempre serão necessárias como: a criatividade, inteligência emocional, autoconhecimento, gestão das emoções o bom relacionamento interpessoal, gestão de conflitos, a empatia que é a capacidade de se colocar no lugar do outro. São essas habilidades necessárias para o desenvolvimento da vida profissional. Que tal, aproveitar o momento presente e buscar cursos online, que hoje são tantos e  gratuitos para auxiliar neste momento de transição e apresentar eles no seu currículo, como uma pessoa preocupada com o seu desenvolvimento.

E acredite, somos seres capazes de nos adaptar e nos reinventar. Quero terminar esse texto  que te levar a uma reflexão, quando foi a última vez que você precisou se reinventar?

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Sexualidade e Relacionamento https://orgone.com.br/sexualidade-e-relacionamento/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=sexualidade-e-relacionamento https://orgone.com.br/sexualidade-e-relacionamento/#respond Fri, 28 Aug 2020 12:31:11 +0000 http://orgone.com.br/?p=1553 A educação sexual é o processo humano pelo qual as pessoas compartilham conhecimentos relacionados ao sexo e à sexualidade: ao afeto, ao prazer, ao sentimento, ao autoconhecimento e aos valores construídos sócio historicamente. Acontece nos mais variados espaços de aprendizagem, formal e informalmente, planejada ou não planejada, pois, como seres humanos sexuados a educação está sempre presente, mesmo que fiquemos calados/as quando o assunto é sexo ou sexualidade. A Educação Sexual, embora com algumas resistências, torna-se cada vez mais necessária e solicitada no processo de formação educacional.

A sexualidade é um aspecto central do ser humano em toda a vida e abrange sexo, identidade e papeis de gênero, orientação sexual, erotismo, prazer, intimidade e reprodução. A Sexualidade é experienciada e expressada em pensamentos, fantasias, desejos, crenças, atitudes, valores, comportamentos, práticas, papeis e relacionamentos. Embora a sexualidade possa incluir todas essas dimensões, nem todas elas são sempre expressadas ou sentidas.

Sexualidade é influenciada pela interação de fatores biológicos, sociais, econômicos, políticos, culturais, legais, históricos, religiosos e espirituais. Com isso, depois da família, a escola e principalmente seus professores e professoras têm um papel fundamental na promoção da educação sexual, pois esta abordagem pode, dentre outros objetivos, prevenir e proteger a sua população desde a infância de abusos e violências, bem como proporcionar um melhor entendimento sobre a sexualidade, gênero e diversidades de gênero e sexual.

Abordar o tema do abuso sexual de crianças é sem dúvida uma desconfortável e ingrata tarefa. Tenta-se evitar enfrentar aquilo que choca, que causa angústia, que indigna de tal modo que uma grande maioria simplesmente nega a sua existência. No fundo, tratar de abuso sexual de crianças é ter de lidar com uma das violações dos direitos humanos, mais perturbadoras. O abuso sexual de crianças está envolto numa teia de silêncio, crendo-se, que essa escolha, evita as consequências que resulta da denúncia, da vergonha da ocorrência no seio da família.

Portanto, não é possível não educar em sexualidade!

REFERÊNCIAS:

Dicionário de educação sexual, sexualidade, gênero e interseccionalidades/ Vera Márcia Marques Santos et al. 1. ed. – Florianópolis: UDESC, 2019.

NOVADZKI, I. M. SEXUALIDADE E SAÚDE DO ADOLESCENTE. Secretaria de Saúde do Paraná. Medicina do Adolescente

TEMAS NECESSÁRIOS PARA DISCUSSÃO E INFORMAÇÃO:

  • Abuso Sexual de Crianças:
  • Adolescência;
  • Assédio Sexual Verbal em Locais Públicos;
  • Assédio Sexual em Redes Sociais Digitais;
  • Comportamentos Sexuais de Proteção;
  • Comunicação Sexual;
  • Consentimento Sexual;
  • Deficiências e Sexualidade;
  • Feminicídio;
  • Idade Apropriada para Educar para a Sexualidade;
  • Gênero e Sexualidade;
  • Infância e Sexualidade;
  • Sexualidade e Maternidade;
  • Pedofilia;
  • Sexualidade na Velhice;
  • Tráfico de Seres Humanos para Fins de Exploração Sexual;
  • Violência Sexual contra as Mulheres;

            Pensando em desmitificar essa cultura de que falar sobre sexualidade é algo vergonhoso e errado, estamos disponibilizando de início alguns temas sobre o assunto.

            Esses temas são abertos para o público em geral, com a finalidade de informar e desmistificar a temática sobre sexualidade.

            TEMAS:

  • Adolescência e Sexualidade (30/09/2020)
  • Gênero e Sexualidade (28/10/2020)
  • Maternidade e Sexualidade (25/11/2020)
  • Sexualidade: Erotismo, Fantasias, Fetiches (30/12/2020)
  • Sexualidade: Climatério e Menopausa (27/01/2021)
  • Tabus da Sexualidade (24/02/2021)

Faça a sua inscrição no link:

https://cursos.orgone-neurons.com.br/curso/sexualidade-e-relacionamento/

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Amor pós pandemia: o que muda? https://orgone.com.br/amor-pos-pandemia-o-que-muda/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=amor-pos-pandemia-o-que-muda https://orgone.com.br/amor-pos-pandemia-o-que-muda/#respond Fri, 21 Aug 2020 18:40:53 +0000 http://orgone.com.br/?p=1546 Há quem diga que o período de isolamento trouxe problemas para os casais. Que estar o tempo todo juntos ou o tempo todo separados foi um causador de discórdia para o relacionamento.

                É verdade que o período de quarentena foi e está sendo algo diferente na vida de todos no mundo inteiro. É uma situação atípica que pode gerar muita ansiedade, afinal, quem de nós estava acostumado a ficar semanas a fio sem sair de casa? Mas discordo quando apontam que isso prejudicou os casais. Como psicólogo clínico e como estudante apaixonado pelo tema “relação amorosas”, vejo que o isolamento trouxe à tona a saúde do casal. Me explico.

                Em nossa sociedade, há tempos, existe um conceito tido como verdade absoluta: de que só podemos ser feliz verdadeiramente se encontrarmos alguém para amar. Esse conceito de relacionamento tem sua base no que chamamos de “Amor Romântico” que, em linhas gerais, trata de um amor no campo do ideal, perfeito. Essa cobrança por si já gera inúmeras desordens tanto para o sujeito quanto para o casal. Mas vamos adiante. O cotidiano pré isolamento, que mais se assemelha a um caleidoscópio de compromissos, faz com que fiquemos anestesiados perante nossas relações. Não importa muito como está nosso casamento, sendo bom ou ruim, não tenho muito tempo para ele – o importante é que estou casado. Dessa forma é mais fácil sustentar uma visão romântica do relacionamento, porque, quando não lidamos com ele, há espaço para a fantasia, para o ideal. Nenhum ideal resiste à realidade.

                Durante o isolamento toda essa rotina atribulada deu lugar à uma permanência em casa com o cônjuge. Não há mais anestesia. Foi preciso olhar para as relações de frente. Olhar para as relações que se tem no casamento e também com os filhos. Ou seja, se antes cada pessoa do casal saia cedo para ir trabalhar e tinha o dia todo com sua vida, sua individualidade, lidando com o parceiro(a) apenas de noite, quando retornava para casa, em isolamento foi preciso aprender (às vezes com muito custo) a passar o dia todo juntos, aprendendo (ou não) a equilibrar individualidade e conjugalidade.

                Para muitos casais, isso não foi difícil. Muitas pessoas já formavam um casal saudável, que funcionava bem juntos. A pandemia só colocou isso à prova e o casal mostrou o quanto ficam bem mesmo na adversidade. Inclusive foi possível perceber como muitos casais se reaproximaram nesse isolamento. Voltaram a ser namorados, aproveitaram que poderiam ter mais tempo juntos. Assim como alguns pais passaram a conhecer melhor seus filhos.

                Para outros casais a situações foi encarada um pouco diferente. Com a permanência constante em casa, a saúde frágil do relacionamento veio à tona. Brigas e implicações a todo momento ou ainda a indiferença e falta de diálogo foram os principais sintomas da exposição dessa fragilidade. Se antes era possível “fugir” da relação, seja com trabalho, clubes, shopping ou academia, no isolamento os casais tiveram que olhar para isso de frente. Nesse momento podemos voltar a pensar no imperativo social do casamento (quantos casais se casaram querendo se casar?) ou ainda no modelo que sustenta nossas relações do Amor Romântico (o quanto lidar com a realidade da minha esposa/marido não derruba a fantasia ou o ideal que eu alimentava por ela/ele?).

                A arte de se relacionar bem, de ser feliz no amor reside na capacidade de manter o equilíbrio entre a sua individualidade e a conjugalidade do casal, bem como lidar com o que há de real da relação e do parceiro(a). Essa premissa é antiga e é graças a ela que muitos casais conseguem viver bem, feliz num relacionamento longevo.

Quando me questionam como eu vejo as relações numa situação pós pandemia penso que esses dois cenários podem se intensificar: o dos casais que valorizam e zelam por sua individualidade ao mesmo tempo que desfrutam a companhia da pessoa amada, não se alienando com a rotina e enfrentando as dores e delícias que a realidade nos apresenta; e também o cenários dos casais que vão idealizar ainda mais seu parceiro(a), tornando a relação com a realidade mais frustrante, aumentado talvez as tarefas cotidianas para não lidar com a realidade, podendo ainda abrir mão de sua individualidade em detrimento do casal – ou então abrindo mão da conjugalidade para viver exclusivamente sua vida individual.

De qualquer maneira, antes, durante ou após a pandemia, são basicamente dois cenários. Não há mal externo. Não há cura milagrosa. A relação conjugal saudável depende apenas do casal!

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O que o autoconhecimento tem a ver com a sua produtividade? https://orgone.com.br/o-que-o-autoconhecimento-tem-a-ver-com-a-sua-produtividade/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=o-que-o-autoconhecimento-tem-a-ver-com-a-sua-produtividade https://orgone.com.br/o-que-o-autoconhecimento-tem-a-ver-com-a-sua-produtividade/#respond Thu, 09 Jul 2020 18:51:18 +0000 http://orgone.com.br/?p=1491 Autoconhecimento, segundo Daniel Goleman, autor do Best seller “Inteligência emocional” é a habilidade que nos guia no processo de reconhecimento de nossas próprias emoções, sentimentos, modus operandi e comportamentos. É um dos pilares de sua teoria e está intrinsecamente ligado ao desenvolvimento pessoal. Temos em geral, uma capacidade mínima de nos auto percebermos nas ações cotidianas, como hábitos, manias (quem não tem, não é?), rituais e rotinas, mas a pergunta é: quantas vezes paramos para nos perceber realmente neste processo diário?

O quanto de nossas sensações realmente conhecemos quando nos perguntam por exemplo, sobre o sabor de um determinado alimento ou sobre uma imagem, ilustração, cor, ou o que nossos olhos captam ao redor? E quanto aos alimentos? Quando muito, paramos para almoçar, olhando o celular, assistindo ao jornal ou lendo alguma coisa, será que estamos realmente prestando atenção ao sabor e a textura dos alimentos? Ou será que estamos só engolindo nosso combustível para nos mantermos saudáveis e ponto final. Ah! Ainda temos mais sensações à perceber, a audição, o tato e o olfato.

O quanto nos apercebemos deles no decorrer do dia? Ok, ok, sei que comecei com uma pergunta e até agora, nada de resposta… Mas a resposta está aqui, pois o trabalho é parte fundamental de nossa vida, não só pela subsistência, mas também pelo papel que ele representa como seres produtivos, criadores, atuantes como parte da engrenagem social. O autoconhecimento é uma característica que pode ser desenvolvida e sair do título de habilidade para entrar ao de competência, quando fazemos uso real como um agregador ao nosso sucesso, ele é fundamental para a automotivação, reconhecimento e validação de nossas emoções (e as dos outros), administração emocional, relações interpessoais e empatia. Trabalhar num ambiente legal, com amor e satisfação pelo que fazemos, é indispensável à nossa saúde mental, à nossa melhor produtividade e disposição. E como chegar à este processo?

Entre muitas reflexões, no estudo de si mesmo e das ferramentas para mudar. Há algumas ações que podem ser os primeiros passos para alcançar o autoconhecimento e poder usufruir das vantagens que isto vai trazer à você. Entre alguns pontos, vão aqui algumas dicas que você pode exercitar no seu dia a dia, sem comprometer o seu tempo, pois são tarefas que estão na sua mudança de foco de pensamento durante execução de ações comuns, não estou aqui sugerindo mudanças (ainda!), mas sim um convite à começar pela auto-observação. Entre muitas, fiz a seleção de algumas básicas: prestar mais atenção às suas sensações, dando ênfase às reações dos órgãos dos sentidos e às respostas físicas e comportamentais às situações vividas, podemos afirmar através da Neurociência que a sensação e a percepção são as funções mais primitivas do Ser Humano, portanto são o primeiro passo para o autoconhecimento, o nosso corpo traz respostas maravilhosas que deixamos passar e são de uma utilidade tremenda para a nossa vida.

A outra dica é criar um ambiente agradável e positivo, um exemplo, observe a cor do ambiente que você passa a maior parte do seu tempo, que sensação ela traz? Usar um incenso ou um aromatizador de ambiente com olhos essenciais de um aroma de seu agrado em alguns dias em que o seu dia não está muito bom, procurar olhar o lado positivo das coisas, claro, não viver no mundo mágico de Oz, mas se permitir enfatizar o lado bom, bem porque sabemos que nada é 100% mal ou 100% bom. Tirar de sua vida as coisas que não gosta, sem culpa!
Enfim, se dar o direito a assumir suas decisões o mais fidedignamente à sua Pessoa, isso fará com que a sua vida profissional tenha uma outra dimensão.

Reconhecer qualidades e desqualidades, limites e prazeres, o que gosta, o que não gosta e o que “suporta” são fundamentais para que as suas decisões sejam acertadas e te façam feliz em qualquer ambiente ou área de sua vida, inclusive no trabalho! Então, aceita o convite para mudar?

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