Por que as pessoas pensam em suicídio?

O suicídio é um gesto de autodestruição, um desejo de morrer ou de terminar com a própria vida, uma escolha ou ação de auto-agressão que cresce não somente por questões demográficas e populacionais, mas também por problemas mentais, psicológicos e/ou sociais que prejudicam o bem-estar de cada um e revertem em graves implicações sociais. 

Importante considerar que, para cada suicídio, de seis a dez outras pessoas são diretamente impactadas, sofrendo sérias consequências, difíceis de serem reparadas, bem por isso o suicídio é considerado um problema de saúde pública pelo Ministério da Saúde (CVV, 2015a).

As estatísticas mostram que a cada 40 segundos alguém se suicida em algum lugar no mundo. No Brasil, as taxas de suicídio estão abaixo da média mundial (entre 13/14 mortes por 100 mil pessoas enquanto a média brasileira é de 6/7 mortes por 100 mil habitantes), mas, mesmo assim, o suicídio tira a vida de uma pessoa por hora enquanto outras três tentam se matar, sem sucesso, nesse mesmo período de tempo (CVV, 2015; 2015a).

Assim, a condição preocupante reside no fato de, embora a média mundial permaneça estável, no Brasil este número tem crescido principalmente entre jovens. Ainda que esse problema afete pessoas de todas as idades, e de todas as classes sociais, constitui a sexta causa de morte em jovens entre 15 e 24 anos em várias cidades brasileiras e mesmo a constatação de que a taxa de suicídios, em números absolutos, seja maior no grupo dos idosos do que no grupo dos jovens, se aceita que entre os primeiros existe uma chance maior de morrer por causas naturais (CVV, 2015; 2015a).

A sociedade contemporânea convive com incontáveis situações de agressão, competição e insensibilidade, espaço que se transforma em um campo fértil para que incontáveis transtornos emocionais e/ou psicossociais se desenvolvam.

Além disso, pensar em suicídio faz parte da natureza humana, ou seja, o impulso suicida é uma reação natural, mas torna-se mais comum em pessoas emocionalmente exaustas e fragilizadas diante das situações que despertam essa possibilidade de resolução dos problemas pessoais, especialmente diante da necessidade de aliviar pressões externas/internas como cobranças sociais, culpa, remorso, depressão, ansiedade, medo, fracasso, humilhação, alcoolismo, consumo de drogas, por exemplo.

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